Texto e figura do livro
"Biografia de Vicente Geraldo de Mendonça
Lima. Sua vida, sua família"
(3ª Edição, revista e ampliada)
-2012-
Autor: Antonildes Bezerra de Mendonça - anto-bezerra@hotmail.com
O Brasão da família Mendonça
Sobrenome de origem toponímica, tomado da propriedade da família e de origem biscainha. Adaptação do espanhol Mendoza, o que acredita em agouros. Conta-se entre as mais ilustres e antigas famílias da Espanha por descender dos senhores de Biscaia. D. Inigo Lopes, sexto senhor soberano de Biscaia, de Durango e de Nájera, desde o ano de 1025 até o de 1076, contraiu matrimônio com D. Toda Ortiz, filha herdeira de D. Ortiz Sanches, senhor de Nájera e Navarra, de quem teve por filho segundo a Dom Sancho Iñigues que morreu em 1070, vivendo seu pai e contraindo novas núpcias com Dona Teresa, deles nascendo Dom Lopo Sanches. Este teve senhorio de Alaba e do Vale de Lodio, sobre os quais confirmou privilégios nos anos de 1081, 1094 e 1101.Dom Iñigo Lopes teve por neto D. Iñigo Lopes, que foi Senhor de Lodio e Mendonça, de onde tirou o apelido Mendonça, como consta de um documento datado de 1164. Em 1184 doou o lugar de Pedra longa ao mosteiro de Uvarenes. Deixou numerosa descendência do seu casamento, com D. Teresa Ximenes, entre eles, D. Diogo Lopes de Mendonça, quarto senhor de Lodio, Laiterim e Mendonça, rico-homem, casado com D. Leonor Furtado, filha de Fernão Peres de Lara, chamado o Furtado, meio-irmão de D. Afonso VII, rei de Castela. Por este casamento de D. Diogo Lopes de Mendonça com D. Leonor Furtado se uniram os dois apelidos, chamando-se Furtados de Mendonça ou Mendonça Furtados. Um dos filhos deste casal, D. Fernão Furtado de Mendonça, passou a Portugal no tempo de D. Afonso III, na companhia da Rainha D. Brites, onde foi o patriarca desta família Furtado de Mendonça. No Brasil consta entre as mais antigas, no Rio de Janeiro, a família de Matias de Mendonça, que deixou geração do seu casamento em 1626, com Isabel Cardoso. Os de Goiás, originários de S. Paulo, procedem do tenente José Bonifácio de Mendonça Gouveia que deixou larga descendência de seu casamento, em 1779, Pirinópolis, com Ana Rosa de Siqueira. Em Pernambuco, entre as mais antigas, a de Diogo Tomas de Ávila, que deixou geração do seu casamento em 1672, com Maria de Mendonça e Sá. De origem espanhola estabelecida no Rio Grande do Sul, há registros de Joaquim Moreira Mendonça, natural da Galiza. No dia 13.12.1852 registrou sua Carta de Naturalização assinada por D. Pedro II. Procedente da linha africana, no Rio de Janeiro, entre outras, registra-se a de Manuel de Mendonça, que deixou geração em 1673, com Lourença, «mulata forra». Também entre os cristãos novos, judeus, o sobrenome foi adotado desde o batismo forçado à religião Cristã, a partir de 1497. Uma destas famílias de origem judaica estabelecida, no Brasil, durante o período holandês em Pernambuco, foi a de João Mendonça da Muribeca, documentado no ano de 1644. Entre a nobreza titular constam José Antônio de Mendonça, agraciado a 11.07.1888, com o título de barão de Mundaú; outro José Antônio de Mendonça, que foi agraciado a 04.03.1860, com o título de barão de Jaraguá. Na heráldica o brasão de linhagem da família é descrito como um escudo franchado, o primeiro e quarto em campo verde, com banda de vermelho perfilada de ouro; o segundo e terceiro em campo de ouro, com um S de negro. Timbre: uma asa de ouro, carregada de um S de negro.
Adquirido em: Heraldica Pelotense - Pelotas [RS]- www.heraldica.com.br - [53]228-4486. Ano: 2005 |